SYD MATTERS, LA QUESTION HUMAINE (2008)
O melhor filme que esteve em cartaz em 2008 não poderia ter uma trilha menos do que espetacular, composta pelo músico francês Syd Matters. São 12 faixas introspectivas, intercaladas por diálogos do filme. Se vocês viram, sabem que a melodia e o canto são os elementos humanos no meio dos tons frios de A Questão Humana. É o que tira o personagem principal, um psicólogo contratado para extrair a máxima produtividade de empregados de grandes empresas, do seu estado de torpor - tanto que o título inglês da película é Heartbeat Detector.
Os violões de "Like Horses" já abrem o disco arrepiando, impossível não se apaixonar. Em seguida vêm flautas e um experimentalismo bem de leve, às vezes dissonante, esperançoso em algumas faixas, melancólico em outras. Talvez a trilha não seja tudo isso, mas eu gostei tanto do filme (e também tive a oportuindade de entrevistar o diretor e a roteirista) que ouvi-la me deixa bem.
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Estilo: experimental folk / songwriter
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
GROUPER, Dragging A Dead Deer Up A Hill
GROUPER, DRAGGING A DEAD DEER UP A HILL (2008)
"Dark ambient” foi o melhor rótulo que li nas descrições por aí do Grouper, projeto de uma mulher só, Elizabeth Harris. Imagine um som escuro, sombrio, com dedilhados de violão abafando o vocal redentor da moça . Parece que o disco foi gravado dentro de um poço de água fundo, muito fundo: aumente bem o volume dos fones, caso contrário você não vai conseguir distinguir os intrumentos. Eu adoro sons abafados porque eles são misteriosos, desafiam o ouvinte a encontrar mais e mais elementos, nunca se entregam. Sem querer forçar a barra, porque o disco não é exatamente shoegaze, mas Dragging A Dead Deer Up A Hil é, sim, o melhor disco de espírito shoegaze do ano.
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Estilo: dark ambient / drone
"Dark ambient” foi o melhor rótulo que li nas descrições por aí do Grouper, projeto de uma mulher só, Elizabeth Harris. Imagine um som escuro, sombrio, com dedilhados de violão abafando o vocal redentor da moça . Parece que o disco foi gravado dentro de um poço de água fundo, muito fundo: aumente bem o volume dos fones, caso contrário você não vai conseguir distinguir os intrumentos. Eu adoro sons abafados porque eles são misteriosos, desafiam o ouvinte a encontrar mais e mais elementos, nunca se entregam. Sem querer forçar a barra, porque o disco não é exatamente shoegaze, mas Dragging A Dead Deer Up A Hil é, sim, o melhor disco de espírito shoegaze do ano.
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Estilo: dark ambient / drone
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
ELLEN ALLIEN, Thrills
ELLEN ALLIEN, THRILLS (2005)
Esse foi o disco que me fez prestar mais atenção em música eletrônica pura, sem misturas. Thrills não é um ótimo álbum, mas é um bom disco de techno, que carrega pra mim o valor de aula de iniciação: são dez faixas conceituais, para o cérebro mais do que para os quadris, que dialogam com a escola alemã de techno, o minimal, ou minimal techno (os famosos barulhinhos repetitivos). Ao mesmo tempo, Thrills tem vocais e alguma melodia, elementos que, à época, eram muito atrativos para meu começo na música sintética.
Depois vim a descobrir que a dona selo BPitch Control, Ellen Allien tem um álbum beeeeem mais assimilável, Orchestra of Bubbles (2006), que ela fez com o Apparat. Só que daí não tem graça, né? O legal da escola alemã de eletrônica é que eles fazem música repetitiva, austera e sofisticadíssima, ao mesmo tempo. Vamos começar por esse disco. Se você não gostar, pare por aqui. Se gostar, já, já posto mais.
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Estilo: techno / IDM
Esse foi o disco que me fez prestar mais atenção em música eletrônica pura, sem misturas. Thrills não é um ótimo álbum, mas é um bom disco de techno, que carrega pra mim o valor de aula de iniciação: são dez faixas conceituais, para o cérebro mais do que para os quadris, que dialogam com a escola alemã de techno, o minimal, ou minimal techno (os famosos barulhinhos repetitivos). Ao mesmo tempo, Thrills tem vocais e alguma melodia, elementos que, à época, eram muito atrativos para meu começo na música sintética.
Depois vim a descobrir que a dona selo BPitch Control, Ellen Allien tem um álbum beeeeem mais assimilável, Orchestra of Bubbles (2006), que ela fez com o Apparat. Só que daí não tem graça, né? O legal da escola alemã de eletrônica é que eles fazem música repetitiva, austera e sofisticadíssima, ao mesmo tempo. Vamos começar por esse disco. Se você não gostar, pare por aqui. Se gostar, já, já posto mais.
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Estilo: techno / IDM
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
BAND OF HORSES, Everything All The Time
BAND OF HORSES, EVERYTHING ALL THE TIME (2006)
O Band of Horses é um grupo indie de Seattle. Só isso já seria informação suficiente para credenciá-los. Ou, se você preferir, o Band of Horses é uma banda de folk para quem não gosta de folk. Este 'bando de cavalos' faz parte da categorias de grupos folk que não ficam reclamando da vida. Em Everything All The Time, a melodia está no pop de rádio, mas a cabeça está em alguma fazenda do interior dos Estados Unidos, com aquele gosto de capim que tanto amamos.
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Esilo: folk pop / indie rock
O Band of Horses é um grupo indie de Seattle. Só isso já seria informação suficiente para credenciá-los. Ou, se você preferir, o Band of Horses é uma banda de folk para quem não gosta de folk. Este 'bando de cavalos' faz parte da categorias de grupos folk que não ficam reclamando da vida. Em Everything All The Time, a melodia está no pop de rádio, mas a cabeça está em alguma fazenda do interior dos Estados Unidos, com aquele gosto de capim que tanto amamos.
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Esilo: folk pop / indie rock
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
LALI PUNA, Tridecoder
LALI PUNA, TRIDECODER (1999)
Descobri esse disco completamente ao acaso, sábado agora. O tatuador colocou pra tocar enquanto fazia minha tatuagem. É uma mistura de ambient com trip hop e um dedinho de indietronica, com boa parte das letras cantadas em português de Portugal. É tipo tudo o que o Postal Service seria, se fosse adulto e tivesse uma vocalista. Recomendadíssimo.
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Estilo: trip pop / indietronica
Descobri esse disco completamente ao acaso, sábado agora. O tatuador colocou pra tocar enquanto fazia minha tatuagem. É uma mistura de ambient com trip hop e um dedinho de indietronica, com boa parte das letras cantadas em português de Portugal. É tipo tudo o que o Postal Service seria, se fosse adulto e tivesse uma vocalista. Recomendadíssimo.
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Estilo: trip pop / indietronica
terça-feira, 28 de outubro de 2008
MY BLOODY VALENTINE, Isn't Anything
MY BLOODY VALENTINE, ISN'T ANYTHING [1988 / 2008 - remaster]
O que era melhor agora virou um orgasmo. Isn't Anything remasterizado. Se você tem o original, vai notar as diferenças - sutis, mas significativas. Se não, se joga direto nessa versão. Minhas faixas favoritas são a "Feed Me With Your Kiss", com toda a distorção pós-adolescente, e a "Sueisfine", que você entende como... bem, ouve e me diz, que eles não cantam "Sue is fine", não.
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Estilo: shoegaze / noise pop
O que era melhor agora virou um orgasmo. Isn't Anything remasterizado. Se você tem o original, vai notar as diferenças - sutis, mas significativas. Se não, se joga direto nessa versão. Minhas faixas favoritas são a "Feed Me With Your Kiss", com toda a distorção pós-adolescente, e a "Sueisfine", que você entende como... bem, ouve e me diz, que eles não cantam "Sue is fine", não.
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Estilo: shoegaze / noise pop
sexta-feira, 24 de outubro de 2008
JESUS JONES, Perverse
JESUS JONES, PERVERSE (1993)
Ouvia esse disco na mesma época do do post abaixo. Lembro de como fiquei impressionado a primeira vez que vi o clipe de "The Devil You Know". Na hora não entendi nada, e quando vi o vídeo de "The Right Decision", entendi menos ainda. Nos meus 10 anos, o Jesus Jones era um estranho no ninho se comparado às outras bandas que ouvia. Confesso que só comprei o disco uns 10 anos mais tarde, e só então a pegada madchester futurista de Perverse fez sentido.
Estávamos no início dos anos 90 e as promessas tecnológicas de músicas feitas em computadores dominavam boa parte do pop (vide a turnê Zoo TV, do U2, e seu disco Achtung Baby, de 91). Perverse foi todo feito sem instrumentos orgânicos, e é um dos primeiros casamentos bem-sucedidos comercialmente de rock com eletrônica - alguém aí falou em Prodigy? Se liga no visual dos caras que você vai ver nos clipes e me diz se não foi o que o filme Hackers (1995) exibiu. Acho que torno as coisas mais claras se disser que a faixa que abre o disco tem por título o código binário usados pelos computadores: Zeroes And Ones.
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Estilo: rocktronica / turbo madchester
Ouvia esse disco na mesma época do do post abaixo. Lembro de como fiquei impressionado a primeira vez que vi o clipe de "The Devil You Know". Na hora não entendi nada, e quando vi o vídeo de "The Right Decision", entendi menos ainda. Nos meus 10 anos, o Jesus Jones era um estranho no ninho se comparado às outras bandas que ouvia. Confesso que só comprei o disco uns 10 anos mais tarde, e só então a pegada madchester futurista de Perverse fez sentido.
Estávamos no início dos anos 90 e as promessas tecnológicas de músicas feitas em computadores dominavam boa parte do pop (vide a turnê Zoo TV, do U2, e seu disco Achtung Baby, de 91). Perverse foi todo feito sem instrumentos orgânicos, e é um dos primeiros casamentos bem-sucedidos comercialmente de rock com eletrônica - alguém aí falou em Prodigy? Se liga no visual dos caras que você vai ver nos clipes e me diz se não foi o que o filme Hackers (1995) exibiu. Acho que torno as coisas mais claras se disser que a faixa que abre o disco tem por título o código binário usados pelos computadores: Zeroes And Ones.
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Estilo: rocktronica / turbo madchester
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tecnologia
domingo, 12 de outubro de 2008
LEMONHEADS, It's a Shame About Ray
LEMONHEADS, IT'S A SHAME ABOUT RAY (1992)
Tinha 9 anos a primeira vez que ouvi Lemonheads. Era um clipe na MTV de "Mrs. Robinson", a faixa do Simon and Garfunkel tema de um dos filmes mais bacanas ever, A Primeira Noite de Um Homem (1967), que a banda do Evan Dando transformou num rock de pista muito divertido. Vocês conhecem essa faixa e, com alguma sorte, também ouviram "Confetti" em alguma rádio circa 92, 93. Fato é que a despretensão pop desse disco fez com que eu me mantivesse cativo por todos esses anos, volta e meia tirando-o da prateleira para ouvir. Numa época em que todas as bandas rasgavam guitarras e vestiam roupas de flanela, os Lemonheads queriam apenas diversão - e aqui tem de sobra. Lemonheads é o Teenage Fanclub sem ranço.
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Estilo: rock / indie rock
Tinha 9 anos a primeira vez que ouvi Lemonheads. Era um clipe na MTV de "Mrs. Robinson", a faixa do Simon and Garfunkel tema de um dos filmes mais bacanas ever, A Primeira Noite de Um Homem (1967), que a banda do Evan Dando transformou num rock de pista muito divertido. Vocês conhecem essa faixa e, com alguma sorte, também ouviram "Confetti" em alguma rádio circa 92, 93. Fato é que a despretensão pop desse disco fez com que eu me mantivesse cativo por todos esses anos, volta e meia tirando-o da prateleira para ouvir. Numa época em que todas as bandas rasgavam guitarras e vestiam roupas de flanela, os Lemonheads queriam apenas diversão - e aqui tem de sobra. Lemonheads é o Teenage Fanclub sem ranço.
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Estilo: rock / indie rock
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
DINOSAUR JR., Without a Sound
DINOSAUR JR., WITHOUT A SOUND (1994)
Se eu fosse dono de uma loja de musga, não saberia em qual seção colocar este disco do Dinosaur Jr.: shoegaze, indie ou lo-fi? O álbum, que abre com um barulho de tampa de garrafa estourando é, na verdade, uma confusão bem-vinda desses três estilos, com pencas de distorção de guitarra sob a voz de quem acabou de acordar do J. Mascis (um dos caras que mais influenciou na minha formação musical, certamente).
Without a Sound é o passo seguinte da banda depois do estouro pop da faixa "Start Choppin", do disco Where You Been (1993), que colocou os caras na MTV e nas camisetas dos adolês. Então, se você é daqueles xiitas chatos que só gostava da banda nos álbuns mais tosqueiras, como Bug (1988) e Green Mind (1991), desencana desse post. Se, por outro lado, você quiser sair pela rua fazendo um air guitar divertidíssimo, esqueça a arte horrenda dessa capa e baixe já!
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Estilo: lo-fi / indie rock
Se eu fosse dono de uma loja de musga, não saberia em qual seção colocar este disco do Dinosaur Jr.: shoegaze, indie ou lo-fi? O álbum, que abre com um barulho de tampa de garrafa estourando é, na verdade, uma confusão bem-vinda desses três estilos, com pencas de distorção de guitarra sob a voz de quem acabou de acordar do J. Mascis (um dos caras que mais influenciou na minha formação musical, certamente).
Without a Sound é o passo seguinte da banda depois do estouro pop da faixa "Start Choppin", do disco Where You Been (1993), que colocou os caras na MTV e nas camisetas dos adolês. Então, se você é daqueles xiitas chatos que só gostava da banda nos álbuns mais tosqueiras, como Bug (1988) e Green Mind (1991), desencana desse post. Se, por outro lado, você quiser sair pela rua fazendo um air guitar divertidíssimo, esqueça a arte horrenda dessa capa e baixe já!
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Estilo: lo-fi / indie rock
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
SNEAKER PIMPS, Splinter
SNEAKER PIMPS, SPLINTER (1999)
Esqueçam o Sneaker Pimps que vocês conhecem do hit "Spin Spin Sugar". Splinter, o segundo disco do conjunto que tanto amávamos no trip hop, tem outro vocalista e completamente outro clima nas faixas. Não há o que dançar, aqui. Há, sim, momentos de viagem escura ("Half Life") e completamente introspectiva ("Low Five"); dissonância ("Destroying Angel") e música oblíqua ("Empathy"). O mais perto de uma pista de dança é "Superbug", que tem mais a ver com uma reunião entre amigos para cheirarem do que com uma boate de loucos de bala. E a faixa-título? Boa pra ouvir enquanto você se joga de uma ponte. Disco de clima pesado, denso, bad vibe total.
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Estilo: dark trip-hop / chillout
Esqueçam o Sneaker Pimps que vocês conhecem do hit "Spin Spin Sugar". Splinter, o segundo disco do conjunto que tanto amávamos no trip hop, tem outro vocalista e completamente outro clima nas faixas. Não há o que dançar, aqui. Há, sim, momentos de viagem escura ("Half Life") e completamente introspectiva ("Low Five"); dissonância ("Destroying Angel") e música oblíqua ("Empathy"). O mais perto de uma pista de dança é "Superbug", que tem mais a ver com uma reunião entre amigos para cheirarem do que com uma boate de loucos de bala. E a faixa-título? Boa pra ouvir enquanto você se joga de uma ponte. Disco de clima pesado, denso, bad vibe total.
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Estilo: dark trip-hop / chillout
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sneaker pimps,
trip-hop
HEARTS BY DARTS, Hearts by Darts
HEARTS BY DARTS, HEARTS BY DARTS (2008)
Essa foi a descoberta do ano, aquela banda que você ouve meio do nada, e então ouve de novo e de novo e plim! Só o vocal feminino e o cover da "Candy Says", do Velvet Underground, já valeriam o download. Mas Hearts by Darts é um belo disco de rock. Não, de pop. Não, de pop rock, com aquele espírito artesanal de compor as faixas, sabe? É lo-fi de cantinho, não tipo o Pavement e sua escola de barulho. É como se o Nouvelle Vague resolvesse fazer boa música e saísse da bossa.
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Estilo: sophisticated pop, delicate pop
Essa foi a descoberta do ano, aquela banda que você ouve meio do nada, e então ouve de novo e de novo e plim! Só o vocal feminino e o cover da "Candy Says", do Velvet Underground, já valeriam o download. Mas Hearts by Darts é um belo disco de rock. Não, de pop. Não, de pop rock, com aquele espírito artesanal de compor as faixas, sabe? É lo-fi de cantinho, não tipo o Pavement e sua escola de barulho. É como se o Nouvelle Vague resolvesse fazer boa música e saísse da bossa.
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Estilo: sophisticated pop, delicate pop
domingo, 28 de setembro de 2008
BENOÎT PIOULARD, Temper
BENOÎT PIOULARD, TEMPER (2008)
Segundo disco cheio do Benoît Pioulard, com aquele gostinho de areia molhada depois da chuva que tanto amamos.
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Estilo: avant-garde / experimental pop
Segundo disco cheio do Benoît Pioulard, com aquele gostinho de areia molhada depois da chuva que tanto amamos.
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Estilo: avant-garde / experimental pop
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experimental pop
domingo, 17 de agosto de 2008
TOM VEK, We Have Sound
TOM VEK, WE HAVE SOUND (2005)
Quando eu era alguém na noite, a galere sempre tocava a "I Ain't Saying My Goodbyes", e as pistas vinham abaixo com o rock jovem e pegajoso do Tom Vek. Esta faixa foi tão importante para as noites indie de 2005 quanto a "Such Great Heights", do Postal Service, em 2003, e a "Rapture Rapes The Muses", do Of Montreal, em 2004.
Felizmente fui atrás do álbum completo e saquei que este moleque de Londres não era apenas um one hit wonder. Ele fez o disco sozinho, misturando eletrônica com rock e punk com dance. We Have Sound tem sutileza e teclados, em faixas muito melhores do que a alegria exacerbada do Rapture ou o electrorock forçado do Does It Offend You, Yeah?. Sacou?
Tom Vek faz igual, mas faz diferente.
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Estilo: indietronica / dance punk
Quando eu era alguém na noite, a galere sempre tocava a "I Ain't Saying My Goodbyes", e as pistas vinham abaixo com o rock jovem e pegajoso do Tom Vek. Esta faixa foi tão importante para as noites indie de 2005 quanto a "Such Great Heights", do Postal Service, em 2003, e a "Rapture Rapes The Muses", do Of Montreal, em 2004.
Felizmente fui atrás do álbum completo e saquei que este moleque de Londres não era apenas um one hit wonder. Ele fez o disco sozinho, misturando eletrônica com rock e punk com dance. We Have Sound tem sutileza e teclados, em faixas muito melhores do que a alegria exacerbada do Rapture ou o electrorock forçado do Does It Offend You, Yeah?. Sacou?
Tom Vek faz igual, mas faz diferente.
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Estilo: indietronica / dance punk
sábado, 16 de agosto de 2008
BETH ORTON, Daybreaker
BETH ORTON, DAYBREAKER (2002)
Doce, esperançoso e de bem com a vida.
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Estilo: sophisticated pop / delicate pop
Doce, esperançoso e de bem com a vida.
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Estilo: sophisticated pop / delicate pop
domingo, 10 de agosto de 2008
PEARL JAM, No Code
PEARL JAM, NO CODE (1996)
O Pearl Jam é o U2 do rock alternativo. E isso é um puta elogio, não só porque os vocalistas de ambas as bandas são lindos, defendem causas políticas e cantam bem, mas porque a carreira de uma é tão íntegra quanto a da outra. O Pearl Jam foi minha banda favorita por 10 anos, até perder o posto para o My Bloody Valentine.
A trupe do Eddie Vedder fez pelo menos dois discos magistrais [Ten (1991) e Vs. (1993)], alguns dispensáveis [Live on Two Legs (1998) e Riot Act (2002)] e... alguns álbuns de cabeceira que passaram quase ocultos para aqueles que não acompanham de perto a carreira do grupo, como o disco deste post.
No Code é um PUTA DISCO DE ROCK COM BALADAS. Uma loucura com noção de si. Ouve a "Hail, Hail" e diz se, só essa faixa, não é mais consistente do que a carreira de muitas bandinhas hypes de hoje; ou então a "Lukin", punk rock de gente grande; isso que nem falei da letra da "Present Tense":
You can spend your time alone
Redigesting past regrets, oh
Or you can come to terms and realize
You're the only one who can't forgive yourself
Makes much more sense
To live, in the present tense
Se você ainda não se convenceu, vou colar um trecho da letra da "I'm Open":
He is alive, but feels absolutely nothing
So is he?
When he was six he believed that the moon over head followed him
By nine he had deciphered the allusion, trading magic for fact
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Estilo: rock / adult rock
O Pearl Jam é o U2 do rock alternativo. E isso é um puta elogio, não só porque os vocalistas de ambas as bandas são lindos, defendem causas políticas e cantam bem, mas porque a carreira de uma é tão íntegra quanto a da outra. O Pearl Jam foi minha banda favorita por 10 anos, até perder o posto para o My Bloody Valentine.
A trupe do Eddie Vedder fez pelo menos dois discos magistrais [Ten (1991) e Vs. (1993)], alguns dispensáveis [Live on Two Legs (1998) e Riot Act (2002)] e... alguns álbuns de cabeceira que passaram quase ocultos para aqueles que não acompanham de perto a carreira do grupo, como o disco deste post.
No Code é um PUTA DISCO DE ROCK COM BALADAS. Uma loucura com noção de si. Ouve a "Hail, Hail" e diz se, só essa faixa, não é mais consistente do que a carreira de muitas bandinhas hypes de hoje; ou então a "Lukin", punk rock de gente grande; isso que nem falei da letra da "Present Tense":
You can spend your time alone
Redigesting past regrets, oh
Or you can come to terms and realize
You're the only one who can't forgive yourself
Makes much more sense
To live, in the present tense
Se você ainda não se convenceu, vou colar um trecho da letra da "I'm Open":
He is alive, but feels absolutely nothing
So is he?
When he was six he believed that the moon over head followed him
By nine he had deciphered the allusion, trading magic for fact
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Estilo: rock / adult rock
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adult rock,
alternative rock,
pearl jam,
rock
WRY, Whales And Sharks
WRY, WHALES AND SHARKS (2007, EP)
Último EP do Wry, maduro e consistente. Shoegaze com pop, elegante e viciante; já passa das 50 audições no meu iTunes. Até o Kevin Shields gostou, pra vocês terem uma idéia.
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Estilo: shoegaze / noise pop
Último EP do Wry, maduro e consistente. Shoegaze com pop, elegante e viciante; já passa das 50 audições no meu iTunes. Até o Kevin Shields gostou, pra vocês terem uma idéia.
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Estilo: shoegaze / noise pop
domingo, 3 de agosto de 2008
AIR FORMATION, 57 Octaves Below
AIR FORMATION, 57 OCTAVES BELOW (2005, EP)
Esse é um dos discos de shoegaze mais tocados na minha vida - e quem me conhece sabe que ouço muito, muito shoegaze e ser um dos mais ouvidos não é coisa pouca. O Air Formation é inglês e faz parte da nova leva de bandas que atualiza o gênero das paredes de guitarras, feedbacks e vocais etéreos. Você tem que ouvir bem alto e se imaginar no meio de uma pista enfumaçada onde só a estrobo está ligada.
São apenas quatro faixas. Quatro flechas no coração. Quatro porradas na cara. Quatro porres de whisky. Quatro vezes em que você sentou no meio da rua pra chorar. Quatro vezes em que você acreditou profundamente na vida. Quatro cigarros em manhãs cinzas de dias frios. Quatro gatos deitados sobre seu cobertor. Quatro banhos de chuva.
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Estilo: shoegaze / new gaze
Esse é um dos discos de shoegaze mais tocados na minha vida - e quem me conhece sabe que ouço muito, muito shoegaze e ser um dos mais ouvidos não é coisa pouca. O Air Formation é inglês e faz parte da nova leva de bandas que atualiza o gênero das paredes de guitarras, feedbacks e vocais etéreos. Você tem que ouvir bem alto e se imaginar no meio de uma pista enfumaçada onde só a estrobo está ligada.
São apenas quatro faixas. Quatro flechas no coração. Quatro porradas na cara. Quatro porres de whisky. Quatro vezes em que você sentou no meio da rua pra chorar. Quatro vezes em que você acreditou profundamente na vida. Quatro cigarros em manhãs cinzas de dias frios. Quatro gatos deitados sobre seu cobertor. Quatro banhos de chuva.
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Estilo: shoegaze / new gaze
terça-feira, 29 de julho de 2008
THE KILLS, Keep On Your Mean Side
THE KILLS, KEEP ON YOUR MEAN SIDE (2003)
Uma bela trepada em forma de rock. Cru e direto.
Gênero: fuck music / rock
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Uma bela trepada em forma de rock. Cru e direto.
Gênero: fuck music / rock
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segunda-feira, 28 de julho de 2008
JESU, Jesu
JESU, JESU (2005)
A galere costuma dizer que os eps do Jesu são melhores que os discos cheios. Mas sou suspeito pra falar, gosto de tudo deles, uma das bandas mais ouvidas do meu last.fm. Jesu é a estréia em long-play desse projeto do Justin Broadrick, que antes tinha o Godflesh.
Jesu foi o grupo que me fez gostar mesmo de metal: músicas longas e lentas, com guitarras arrastadas e letras curtas que se repetem. As três faixas iniciais ("Your Path To Divinity", "Friends Are Evil", "Tired Of Me") formam uma das sequências de abertura de disco mais incríveis que já ouvi. Se liguem nesses versos: And all the stones I've thrown / they come back twice as strong / And all the stones i've thrown, tell me that nothing lasts.
São duas partes pra baixar: é para usuários avançados.
Download parte 1
Download parte 2
Estilo: doom / metal
A galere costuma dizer que os eps do Jesu são melhores que os discos cheios. Mas sou suspeito pra falar, gosto de tudo deles, uma das bandas mais ouvidas do meu last.fm. Jesu é a estréia em long-play desse projeto do Justin Broadrick, que antes tinha o Godflesh.
Jesu foi o grupo que me fez gostar mesmo de metal: músicas longas e lentas, com guitarras arrastadas e letras curtas que se repetem. As três faixas iniciais ("Your Path To Divinity", "Friends Are Evil", "Tired Of Me") formam uma das sequências de abertura de disco mais incríveis que já ouvi. Se liguem nesses versos: And all the stones I've thrown / they come back twice as strong / And all the stones i've thrown, tell me that nothing lasts.
São duas partes pra baixar: é para usuários avançados.
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Estilo: doom / metal
sexta-feira, 25 de julho de 2008
MOSCOW OLYMPICS, Cut The World
MOSCOW OLYMPICS, CUT THE WORLD (2008)
Imagine uma mistura de vocais e linhas melódicas anos 80 tipo New Order com um verniz shoegaze por cima. Parece difícil, mas esse é o som delicioso do Moscow Olympics, que vem das Filipinas (!!!) e estréia em cd com Cut The World. São músicas bonitas, que inspiram confiança: "quiet hearts for a quiet start", está no Myspace deles. Certamente, nos meus top 5 discos de 2008.
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Estilo: newgaze / sophisticated pop
Imagine uma mistura de vocais e linhas melódicas anos 80 tipo New Order com um verniz shoegaze por cima. Parece difícil, mas esse é o som delicioso do Moscow Olympics, que vem das Filipinas (!!!) e estréia em cd com Cut The World. São músicas bonitas, que inspiram confiança: "quiet hearts for a quiet start", está no Myspace deles. Certamente, nos meus top 5 discos de 2008.
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Estilo: newgaze / sophisticated pop
segunda-feira, 21 de julho de 2008
CAMILLE, Le Fil
CAMILLE, LE FIL (2005)
A Camille é a Bjork da França. Esse é o bordão repetido à morte pra descrever a talentosíssima cantora francesa. Mentira. Camille é muito mais talentosa e menos auto-referente que Bjork. Ouvir Le Fil é um prazer, não uma experiência maçante e sem ritmo como qualquer disco da chata da Islândia.
O disco chama Le Fil ("o fio") porque uma nota musical é repetida continuamente em todas as canções, interligando-as. Você ouve, o tempo todo, a música da nota, ao fundo, em canções de pop sofisticadíssimo cantadas em inglês e francês com voz de mulher forte. Sabe pretensão que funciona? C'est branché.
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Estilo: french pop / sophisticated pop
A Camille é a Bjork da França. Esse é o bordão repetido à morte pra descrever a talentosíssima cantora francesa. Mentira. Camille é muito mais talentosa e menos auto-referente que Bjork. Ouvir Le Fil é um prazer, não uma experiência maçante e sem ritmo como qualquer disco da chata da Islândia.
O disco chama Le Fil ("o fio") porque uma nota musical é repetida continuamente em todas as canções, interligando-as. Você ouve, o tempo todo, a música da nota, ao fundo, em canções de pop sofisticadíssimo cantadas em inglês e francês com voz de mulher forte. Sabe pretensão que funciona? C'est branché.
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Estilo: french pop / sophisticated pop
quinta-feira, 10 de julho de 2008
THE CURE, The Cure
THE CURE, THE CURE (2004)
Nunca fui um grande apreciador do The Cure, mas esse trabalho de 2004 é total de cabeceira. Tem as letras simples e sofridas do Robert Smith com a vantagem de o som estar livre dos clichês anos 80 do grupo. Bom pop contemporâneo, muitas vezes ingênuo - e isso é um elogio. O encarte é uma obra à parte, cheio de desenhos de criança em caderno escolar.
Estilo: sophisticated pop
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Nunca fui um grande apreciador do The Cure, mas esse trabalho de 2004 é total de cabeceira. Tem as letras simples e sofridas do Robert Smith com a vantagem de o som estar livre dos clichês anos 80 do grupo. Bom pop contemporâneo, muitas vezes ingênuo - e isso é um elogio. O encarte é uma obra à parte, cheio de desenhos de criança em caderno escolar.
Estilo: sophisticated pop
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terça-feira, 24 de junho de 2008
MORRISSEY, Southpaw Grammar
MORRISSEY, SOUTHPAW GRAMMAR (1995)
Quando o Morrissey tem vontade de viver e deixa o muro de lamentações, ele faz um disco vigoroso como este.
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Estilo: rock
Quando o Morrissey tem vontade de viver e deixa o muro de lamentações, ele faz um disco vigoroso como este.
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Estilo: rock
domingo, 22 de junho de 2008
MY VITRIOL, Finelines
MY VITRIOL, FINELINES (2001)
Sabe quando o todo é maior que a soma das partes? É o caso, aqui. O My Vitriol é uma banda ok, e Finelines é um disco ok, que mistura rock alternativo com algum shoegaze.
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Estilo: alternative rock / shoegaze
Sabe quando o todo é maior que a soma das partes? É o caso, aqui. O My Vitriol é uma banda ok, e Finelines é um disco ok, que mistura rock alternativo com algum shoegaze.
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Estilo: alternative rock / shoegaze
THEE MORE SHALLOWS, Book of Bad Breaks
THEE MORE SHALLOWS, BOOK OF BAD BREAKS (2007)
Disco de cabeceira à primeira audição. Imagina o Sophtware Slump (2000), do Grandaddy, em uma versão turbinada. Ou talvez um Sparklehorse com vontade de viver. Thee More Shallows vai na linha instrumental guitarras + computadores que quebraram, sabe? Uma delícia. Ouçam "Proud Turkey" e saiam pogando na sala. Não sei se é post-rock, se é indie, se é low-fi com produção ou o quê. Não importa, é apenas viciante.
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Estilo: low-fi chic / experimental rock
Disco de cabeceira à primeira audição. Imagina o Sophtware Slump (2000), do Grandaddy, em uma versão turbinada. Ou talvez um Sparklehorse com vontade de viver. Thee More Shallows vai na linha instrumental guitarras + computadores que quebraram, sabe? Uma delícia. Ouçam "Proud Turkey" e saiam pogando na sala. Não sei se é post-rock, se é indie, se é low-fi com produção ou o quê. Não importa, é apenas viciante.
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Estilo: low-fi chic / experimental rock
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low-fi chic,
thee more shallows
terça-feira, 10 de junho de 2008
SATANIQUE SAMBA TRIO, Misantropicalia
SATANIQUE SAMBA TRIO, MISANTROPICALIA (2005)
Esse grupo é de Brasília e, antes, eles se chamavam Lusbell is a Jazz Project. Só pelo nome já valeria conferir. Quando descobri o tipo de som da banda, foi amor à primeira audição. Jazz + rock + samba + death metal (sim, isso mesmo). Sente o drama nos nomes das faixas: "Deus odeia samba rock", "Canção para atrair má sorte", "Seis temas tropicais para mestre Lúcifer" e por aí vai. Boa sorte.
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Estilo: experimental jazz / death-samba
Esse grupo é de Brasília e, antes, eles se chamavam Lusbell is a Jazz Project. Só pelo nome já valeria conferir. Quando descobri o tipo de som da banda, foi amor à primeira audição. Jazz + rock + samba + death metal (sim, isso mesmo). Sente o drama nos nomes das faixas: "Deus odeia samba rock", "Canção para atrair má sorte", "Seis temas tropicais para mestre Lúcifer" e por aí vai. Boa sorte.
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Estilo: experimental jazz / death-samba
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death metal,
experimental jazz,
samba,
satanique samba trio
domingo, 8 de junho de 2008
FOO FIGHTERS, Foo Fighters
FOO FIGHTERS, FOO FIGHTERS (1995)
Este é o primeiro disco dos Foo Fighters, e deveria ter sido o único. É rock feito com tanta emoção, com tanta vontade, que agrada tanto o carinha que só quer pular quanto o nerdzinho que quer exibir os conhecimentos musicais pra galere.
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Estilo: rock
Este é o primeiro disco dos Foo Fighters, e deveria ter sido o único. É rock feito com tanta emoção, com tanta vontade, que agrada tanto o carinha que só quer pular quanto o nerdzinho que quer exibir os conhecimentos musicais pra galere.
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Estilo: rock
quarta-feira, 4 de junho de 2008
JESUS AND MARY CHAIN, Psychocandy
JESUS AND MARY CHAIN, PSYCHOCANDY (1985)
Quase choro toda vez que ouço esse disco. Ele tem tantas guitarras, tão distorcidas e tão altas que dá vontade de levá-lo pro caixão. Reza a lenda que o Jesus and Mary Chain usou pedais de efeito estragados na gravação, e que, à época, eles faziam shows de vinte minutos, meia hora, pra causar impacto e, claro, porque ninguém suportava tanto barulho.
Mas a tacada de mestre é o fundo melódico que tem nas faixas. Não, eles não ficam só apertando pedais; os irmãos Reid tem um tom melancólico que só as bandas escocesas (viu só?, os escoceses são bons demais) têm. Psychocandy é o primeiro álbum deles, e o mais distorcido, que deu as bases pra TODAS as bandas de shoegaze que viriam em seguida. Eu disse TODAS, incluindo My Bloody Valentine.
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Estilo: shoegaze / noise pop
Quase choro toda vez que ouço esse disco. Ele tem tantas guitarras, tão distorcidas e tão altas que dá vontade de levá-lo pro caixão. Reza a lenda que o Jesus and Mary Chain usou pedais de efeito estragados na gravação, e que, à época, eles faziam shows de vinte minutos, meia hora, pra causar impacto e, claro, porque ninguém suportava tanto barulho.
Mas a tacada de mestre é o fundo melódico que tem nas faixas. Não, eles não ficam só apertando pedais; os irmãos Reid tem um tom melancólico que só as bandas escocesas (viu só?, os escoceses são bons demais) têm. Psychocandy é o primeiro álbum deles, e o mais distorcido, que deu as bases pra TODAS as bandas de shoegaze que viriam em seguida. Eu disse TODAS, incluindo My Bloody Valentine.
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Estilo: shoegaze / noise pop
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jesus and mary chain,
noise pop,
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shoegaze
terça-feira, 3 de junho de 2008
COCTEAU TWINS, Heaven or Las Vegas
COCTEAU TWINS, HEAVEN OR LAS VEGAS (1990)
Se Psychocandy (1985), do Jesus and Mary Chain, é a porção guitarreira do shoegaze, o Heaven or Las Vegas é a porção etérea e dreamy. Isso significa que toda e qualquer banda de shoegaze surgida a partir de 90 ouviu até furar tanto este cd quanto o do Jesus.
Tá, o Cocteau Twins já tinha explorado sua faceta de sonhos em Treasure (1984), mas o disco deste post, pra mim, é o auge do estilo da banda. Eles são escoceses, o que já conta muitos pontos; eles tem um guitarrista fenomenal, Robin Guthrie; e eles têm a voz limpa e angelical de Elisabeth Frazer. Precisa mais?
Sabe um disco perfeito? Poizé. Vou até postar o Psychocandy pra vocês entederem bem o que eu quero dizer. Se fosse uma equação, seria assim:
Psychocandy + Heaven or Las Vegas = shoegaze dos anos 90
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Estilo: ethereal pop / dreamy
Se Psychocandy (1985), do Jesus and Mary Chain, é a porção guitarreira do shoegaze, o Heaven or Las Vegas é a porção etérea e dreamy. Isso significa que toda e qualquer banda de shoegaze surgida a partir de 90 ouviu até furar tanto este cd quanto o do Jesus.
Tá, o Cocteau Twins já tinha explorado sua faceta de sonhos em Treasure (1984), mas o disco deste post, pra mim, é o auge do estilo da banda. Eles são escoceses, o que já conta muitos pontos; eles tem um guitarrista fenomenal, Robin Guthrie; e eles têm a voz limpa e angelical de Elisabeth Frazer. Precisa mais?
Sabe um disco perfeito? Poizé. Vou até postar o Psychocandy pra vocês entederem bem o que eu quero dizer. Se fosse uma equação, seria assim:
Psychocandy + Heaven or Las Vegas = shoegaze dos anos 90
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Estilo: ethereal pop / dreamy
segunda-feira, 2 de junho de 2008
FLEETING JOYS, Despondent Transponder
FLEETING JOYS, DESPONDENT TRANSPONDER (2006)
O Fleeting Joys é um My Bloody Valentine em câmera lenta. Acho indispensável.
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Estilo: shoegaze / dream pop
O Fleeting Joys é um My Bloody Valentine em câmera lenta. Acho indispensável.
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Estilo: shoegaze / dream pop
sábado, 31 de maio de 2008
VALV, The Sense Of Movement
VALV, THE SENSE OF MOVEMENT (2004)
Fiquei incrível quando ouvi pela primeira vez o Valv: som um tanto surreal, com umas viagens de guitarras que remetiam à Mogwai, mas com o andamento e a pegada do Sonic Youth em sua veia mais, digamos, acessível. E o vocal lindamente agudo, limpo, ora soterrado pelas guitarras, ora em primeiro plano, deu um toque dreamy à sonoridade, completa pelas letras que sugerem imagens de desolação e amor. Inédito e surpreendente, em se tratando de indie Brasil.
Indie, neste caso, diz respeito à condição independente do grupo, não a um rótulo para definir sua música. Foram cinco anos de trabalho entre Luciano Cota (guitarra), Alexandre Augusto (bateria), Daniel Maia (baixo) e Alessandro Travassos (guitarra/vocal) até este The Sense Of Movement, sucessor do ep de estréia Ammonite (2002). São doze canções, oscilando da voz-e-violão “Rhyme Royal” aos ecos shoegazes de “Middle English”. Destaque para a sutileza de “Puck And The Needle” e para a voz de mel de Fernanda Takai, do Pato Fu, na faixa-título. Valv é melódico, mas não é fofo. É elaborado, mas não pedante.
Download part 1
Download part 2
Estilo: indie rock / art rock
PS: são dois arquivos pra baixar porque o mp3 tá em 256kb. :)
Fiquei incrível quando ouvi pela primeira vez o Valv: som um tanto surreal, com umas viagens de guitarras que remetiam à Mogwai, mas com o andamento e a pegada do Sonic Youth em sua veia mais, digamos, acessível. E o vocal lindamente agudo, limpo, ora soterrado pelas guitarras, ora em primeiro plano, deu um toque dreamy à sonoridade, completa pelas letras que sugerem imagens de desolação e amor. Inédito e surpreendente, em se tratando de indie Brasil.
Indie, neste caso, diz respeito à condição independente do grupo, não a um rótulo para definir sua música. Foram cinco anos de trabalho entre Luciano Cota (guitarra), Alexandre Augusto (bateria), Daniel Maia (baixo) e Alessandro Travassos (guitarra/vocal) até este The Sense Of Movement, sucessor do ep de estréia Ammonite (2002). São doze canções, oscilando da voz-e-violão “Rhyme Royal” aos ecos shoegazes de “Middle English”. Destaque para a sutileza de “Puck And The Needle” e para a voz de mel de Fernanda Takai, do Pato Fu, na faixa-título. Valv é melódico, mas não é fofo. É elaborado, mas não pedante.
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Estilo: indie rock / art rock
PS: são dois arquivos pra baixar porque o mp3 tá em 256kb. :)
quarta-feira, 28 de maio de 2008
WRY, Heart Experience
WRY, HEART EXPERIENCE (2001)
Sempre que penso em bandas nacionais, lembro imediatamente do Wry. Respeito muito esses sorocabanos. Acho jeca, mas eles tipo foram pra Londres com aquele sonho de ganhar a vida e as capas de revistas, sabe? Não ganharam as capas, mas construíram coisas bem bacanas por lá, evoluíram muito no som e... bem, nesse mês, o My Bloody Valentine inteiro assistiu a um show deles, e o Kevin Shields elogiou a banda. E, fala sério, receber um elogio do Kevin Shields, pro Wry, é o auge de uma trajetória.
Por isso posto esse disco aqui, o segundo da carreira, gravado ainda no Brasil. É uma belíssima mistura de power pop com shoegaze e alguns toquinhos experimentais, beeeem de leve. Não é um disco que vai mudar sua vida, mas é muito divertido e é um dos primeiros passos de uma banda que já foi bem longe e só melhora a cada nova faixa. O encarte é uma obra à parte, com uma arte absurdamente linda.
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Estilo: power pop / shoegaze
Sempre que penso em bandas nacionais, lembro imediatamente do Wry. Respeito muito esses sorocabanos. Acho jeca, mas eles tipo foram pra Londres com aquele sonho de ganhar a vida e as capas de revistas, sabe? Não ganharam as capas, mas construíram coisas bem bacanas por lá, evoluíram muito no som e... bem, nesse mês, o My Bloody Valentine inteiro assistiu a um show deles, e o Kevin Shields elogiou a banda. E, fala sério, receber um elogio do Kevin Shields, pro Wry, é o auge de uma trajetória.
Por isso posto esse disco aqui, o segundo da carreira, gravado ainda no Brasil. É uma belíssima mistura de power pop com shoegaze e alguns toquinhos experimentais, beeeem de leve. Não é um disco que vai mudar sua vida, mas é muito divertido e é um dos primeiros passos de uma banda que já foi bem longe e só melhora a cada nova faixa. O encarte é uma obra à parte, com uma arte absurdamente linda.
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Estilo: power pop / shoegaze
domingo, 25 de maio de 2008
DAVE NAVARRO, Trust No One
DAVE NAVARRO, TRUST NO ONE (2001)
Trust No One é um disco de rock, e, entre as faixas, tem uma belíssima cover de "Venus In Furs", do Velvet Underground. Esse trabalho não tem nada demais, musicalmente falando, mas mexe comigo - é um belo exemplo de música de cabeceira. O Dave Navarro merece minha consideração por ter tocado no One Hot Minute, dos Red Hot Chili Peppers; por ter sobrevivido à uma tentativa de suicídio; e por conseguir viver depois de ter presenciado o assassinato da mãe. Portanto, merece a sua, também.
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Estilo: rock / hard rock
Trust No One é um disco de rock, e, entre as faixas, tem uma belíssima cover de "Venus In Furs", do Velvet Underground. Esse trabalho não tem nada demais, musicalmente falando, mas mexe comigo - é um belo exemplo de música de cabeceira. O Dave Navarro merece minha consideração por ter tocado no One Hot Minute, dos Red Hot Chili Peppers; por ter sobrevivido à uma tentativa de suicídio; e por conseguir viver depois de ter presenciado o assassinato da mãe. Portanto, merece a sua, também.
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Estilo: rock / hard rock
sábado, 24 de maio de 2008
VASHTI BUNYAN, Just Another Diamond Day
VASHTI BUNYAN, JUST ANOTHER DIAMOND DAY (1970)
Clássico absoluto, adoro, disco maravilhoso. É tão ou mais importante para o folk que a discografia do Bob Dylan inteira. Se folk é tipo um cara na roça, a Vashti Bunyan seria a mulher desse cara. Reza a lenda que, depois de gravar este trabalho (primeiro da carreira), ela parou de fazer música e foi pro meio do nada criar sua família. Daí, em meados dos anos 2000, a galera do freak folk redescobriu o Just Another Diamond Day, e a moça voltou à ordem do dia. Que ótimo, porque delicadeza é a palavra-chave aqui. Cada faixa é como se fosse uma pintura, e o clima é de sol, alto-astral, super vaquinha no campo, sabe? Para ouvir enquanto você faz queijo, depois de ter tirado o leite da vaquinha.
Estilo: folk / hopeful songwriter
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Clássico absoluto, adoro, disco maravilhoso. É tão ou mais importante para o folk que a discografia do Bob Dylan inteira. Se folk é tipo um cara na roça, a Vashti Bunyan seria a mulher desse cara. Reza a lenda que, depois de gravar este trabalho (primeiro da carreira), ela parou de fazer música e foi pro meio do nada criar sua família. Daí, em meados dos anos 2000, a galera do freak folk redescobriu o Just Another Diamond Day, e a moça voltou à ordem do dia. Que ótimo, porque delicadeza é a palavra-chave aqui. Cada faixa é como se fosse uma pintura, e o clima é de sol, alto-astral, super vaquinha no campo, sabe? Para ouvir enquanto você faz queijo, depois de ter tirado o leite da vaquinha.
Estilo: folk / hopeful songwriter
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quinta-feira, 22 de maio de 2008
VINCENT GALLO, Recordings of Music for Film
VINCENT GALLO, RECORDINGS OF MUSIC FOR FILM (2002)
Esse disco reúne composições que o Gallo fez pros filmes dele (curtas e longas). São 29 faixas entre experimentações e delicadezas, como "Lonely Boy". Não menos que apaixonante.
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Estilo: minimalist / experimental
Esse disco reúne composições que o Gallo fez pros filmes dele (curtas e longas). São 29 faixas entre experimentações e delicadezas, como "Lonely Boy". Não menos que apaixonante.
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Estilo: minimalist / experimental
Marcadores:
experimental,
experimental jazz,
minimal,
Vincent Gallo
quarta-feira, 21 de maio de 2008
VINCENT GALLO, So Sad
VINCENT GALLO, SO SAD (2001, EP)
why do I always feel sad?
why do I make things get sad?
So sad, so sad
why do I make things feel blue?
why do I make things turn blue?
so blue, so blue
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Estilo: sadcore / minimalist
why do I always feel sad?
why do I make things get sad?
So sad, so sad
why do I make things feel blue?
why do I make things turn blue?
so blue, so blue
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Estilo: sadcore / minimalist
Marcadores:
experimental jazz,
minimal,
sadcore,
Vincent Gallo
terça-feira, 20 de maio de 2008
VINCENT GALLO, Honey Bunny
VINCENT GALLO, HONEY BUNNY (2001, single)
Já que o When foi o disco mais baixado deste blog até agora, resolvi postar o single da Honey Bunny. São duas faixas além da título, sendo uma delas a melhor música do Gallo pra mim, "Lonely Boy". Vocês sabem, ele faz parte do seleto grupo de cantores que podem cantar versos singelos sem soar tolo. Muito pelo contrário, o Gallo só faz coisas geniais, seja em filme, em música, enfim.
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Estilo: sadcore / minimalist
Já que o When foi o disco mais baixado deste blog até agora, resolvi postar o single da Honey Bunny. São duas faixas além da título, sendo uma delas a melhor música do Gallo pra mim, "Lonely Boy". Vocês sabem, ele faz parte do seleto grupo de cantores que podem cantar versos singelos sem soar tolo. Muito pelo contrário, o Gallo só faz coisas geniais, seja em filme, em música, enfim.
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Estilo: sadcore / minimalist
segunda-feira, 19 de maio de 2008
MEGADETH, Rust In Peace
MEGADETH, RUST IN PEACE (1990)
Ouvia este disco no repeat, em uma fita cassete, quando estava no segundo grau. É a medida perfeita entre sujeira e invenção, no meio do caminho entre os trabalhos mais toscos e os mais acessíveis do Megadeth. Quem diria, a melhor cria do Metallica foi o Dave Mustaine, que era guitarrista daquela banda, caiu fora e fundou o Megadeth.
Sabe, dá pra entender o que é trash metal ouvindo apenas três discos: Reign In Blood (1986), do Slayer, Chaos A.D. (1993), do Sepultura; e o Rust In Peace. Comece pelo melhor. :)
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Estilo: trash metal / speed metal
Ouvia este disco no repeat, em uma fita cassete, quando estava no segundo grau. É a medida perfeita entre sujeira e invenção, no meio do caminho entre os trabalhos mais toscos e os mais acessíveis do Megadeth. Quem diria, a melhor cria do Metallica foi o Dave Mustaine, que era guitarrista daquela banda, caiu fora e fundou o Megadeth.
Sabe, dá pra entender o que é trash metal ouvindo apenas três discos: Reign In Blood (1986), do Slayer, Chaos A.D. (1993), do Sepultura; e o Rust In Peace. Comece pelo melhor. :)
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Estilo: trash metal / speed metal
sábado, 17 de maio de 2008
RUSH, Test for Echo
RUSH, TEST FOR ECHO (1996)
Aposto que muita gente vai torcer a cara. Como assim Rush, música progressiva? Sim, música progressiva. Na realidade, Test for Echo faz parte da fase mais acessível do trio canadense. Eles dividiram a carreira em fases: a cada quatro álbuns de estúdio, um ao vivo marcava alguma espécie de transição. O disco de 96 é o quarto depois de A Show of Hands (1989), e, como os três anteriores, tem faixas longas, sim, mas com mais levada e menos progressão no sentido clássico da palavra, como provam as maravilhosas "Test for Echo" e "Driven".
Essa faceta acessível, contudo, não significa que as músicas estão menos trabalhadas ou, as letras, menos inteligentes. A quality of justice / a quantity of light / a particle of mercy / makes the color of right, canta Geddy Lee com sua voz anasalada em "The Color of Right". E imaginem que estamos em 96, começo de época digital e internet - "Virtuality" retrata o período com um misto de otimismo e inocência: net boy, net girl / send your impulse 'round the world / put your message in a modem / and throw it in the cyber sea. Decorei todas, são lindas, sempre canto junto. Pra fazer air guitar e bater cabeça com conteúdo.
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Estilo: progressive rock / art rock
Aposto que muita gente vai torcer a cara. Como assim Rush, música progressiva? Sim, música progressiva. Na realidade, Test for Echo faz parte da fase mais acessível do trio canadense. Eles dividiram a carreira em fases: a cada quatro álbuns de estúdio, um ao vivo marcava alguma espécie de transição. O disco de 96 é o quarto depois de A Show of Hands (1989), e, como os três anteriores, tem faixas longas, sim, mas com mais levada e menos progressão no sentido clássico da palavra, como provam as maravilhosas "Test for Echo" e "Driven".
Essa faceta acessível, contudo, não significa que as músicas estão menos trabalhadas ou, as letras, menos inteligentes. A quality of justice / a quantity of light / a particle of mercy / makes the color of right, canta Geddy Lee com sua voz anasalada em "The Color of Right". E imaginem que estamos em 96, começo de época digital e internet - "Virtuality" retrata o período com um misto de otimismo e inocência: net boy, net girl / send your impulse 'round the world / put your message in a modem / and throw it in the cyber sea. Decorei todas, são lindas, sempre canto junto. Pra fazer air guitar e bater cabeça com conteúdo.
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Estilo: progressive rock / art rock
quarta-feira, 14 de maio de 2008
AUTOLUX, Future Perfect
AUTOLUX, FUTURE PERFECT (2004)
Nossa, quando eu descobri essa banda, não conseguia parar de ouvir. Eles foram lá em cima nos top artistas do meu last.fm. Ora, e o que esse trio de Los Angeles faz? Junta guitarras rasgadas e levemente desleixadas com vocais suaves e letras agridoces (hit me with your smile), bem à moda da casa. Tipo ouviram os melhores discos do Cocteau Twins, Sonic Youth e My Bloody Valentine e resolveram fazer o deles. Deu super certo, Future Perfect é uma delícia.
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Estilo: shoegaze / dream pop
Nossa, quando eu descobri essa banda, não conseguia parar de ouvir. Eles foram lá em cima nos top artistas do meu last.fm. Ora, e o que esse trio de Los Angeles faz? Junta guitarras rasgadas e levemente desleixadas com vocais suaves e letras agridoces (hit me with your smile), bem à moda da casa. Tipo ouviram os melhores discos do Cocteau Twins, Sonic Youth e My Bloody Valentine e resolveram fazer o deles. Deu super certo, Future Perfect é uma delícia.
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Estilo: shoegaze / dream pop
terça-feira, 6 de maio de 2008
ELEFANT, Sunlight Makes Me Paranoid
ELEFANT, SUNLIGHT MAKES ME PARANOID (2003)
Quanta concisão é necessária para que brotem singelas canções pop? Um pouco de amor, um pouco de transpiração, um pouco de desejo e um baixo à Joy Division Esse amontoado de elementos talvez não responda à questão proposta: apenas está presente, com doses de pretensão baixíssimas, nas dez faixas do primeiro long play dos americanos do Elefant, lançado depois do EP-demo de estréia, Gallery Girl.
Em Sunlight Makes Me Paranoid cada um dos instrumentos parece ter sido gravado com toda calma e perspicácia, sobrepostos com elegância, de tal forma que fica fácil isolá-los e entendê-los separadamente, e Diego Garcia canta só com vontade, sem esforços, em tom monocórdio. Está mais para Interpol - embora não tão frio - do que para Strokes - embora não tão Velvet. As letras como que foram retiradas de um livro de poesia e imersas em melodias, dedilhados e algumas guitarras, versos em nostalgia de quem um dia viu o sol e, como diz o título, ficou paranóico e agora vê a luz se pôr. Totalmente estilístico, com doses de ternura que não chegam a aquecer.
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Estilo: indie rock / alternative rock
Quanta concisão é necessária para que brotem singelas canções pop? Um pouco de amor, um pouco de transpiração, um pouco de desejo e um baixo à Joy Division Esse amontoado de elementos talvez não responda à questão proposta: apenas está presente, com doses de pretensão baixíssimas, nas dez faixas do primeiro long play dos americanos do Elefant, lançado depois do EP-demo de estréia, Gallery Girl.
Em Sunlight Makes Me Paranoid cada um dos instrumentos parece ter sido gravado com toda calma e perspicácia, sobrepostos com elegância, de tal forma que fica fácil isolá-los e entendê-los separadamente, e Diego Garcia canta só com vontade, sem esforços, em tom monocórdio. Está mais para Interpol - embora não tão frio - do que para Strokes - embora não tão Velvet. As letras como que foram retiradas de um livro de poesia e imersas em melodias, dedilhados e algumas guitarras, versos em nostalgia de quem um dia viu o sol e, como diz o título, ficou paranóico e agora vê a luz se pôr. Totalmente estilístico, com doses de ternura que não chegam a aquecer.
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Estilo: indie rock / alternative rock
DREAM THEATER, Images and Words
DREAM THEATER, IMAGES AND WORDS (1992)
Marque a alternativa correta. Como um excelente disco de metal, Images and Words, o segundo trabalho de um dos grupos expoentes do metal progressivo, o Dream Theater, contém:
a) Homens cabeludos e vestidos de preto cantando em falsete;
b) Solos de guitarra, solos de bateria e solos de teclado;
c) Músicas longas que trocam de andamento várias vezes;
d) Músicos virtuosos formados em escolas de música;
e) Todas as anteriores.
Quem marcou a e), acertou. Se você acha que música boa se resume a rockinho indie ou que preste um eterno tributo aos Beatles, passe longe, até porque são dois downloads, totalizando 108mb.
Download parte 1
Download parte 2
Estilo: melodic heavy metal / progressive heavy metal
Marque a alternativa correta. Como um excelente disco de metal, Images and Words, o segundo trabalho de um dos grupos expoentes do metal progressivo, o Dream Theater, contém:
a) Homens cabeludos e vestidos de preto cantando em falsete;
b) Solos de guitarra, solos de bateria e solos de teclado;
c) Músicas longas que trocam de andamento várias vezes;
d) Músicos virtuosos formados em escolas de música;
e) Todas as anteriores.
Quem marcou a e), acertou. Se você acha que música boa se resume a rockinho indie ou que preste um eterno tributo aos Beatles, passe longe, até porque são dois downloads, totalizando 108mb.
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Estilo: melodic heavy metal / progressive heavy metal
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dream theater,
heavy metal,
melodic metal,
progressive metal
terça-feira, 29 de abril de 2008
SEPULTURA, Arise
SEPULTURA, ARISE (1991)
Durante muitos anos eu fui metaleiro, de usar só roupa preta e ouvir bandas de guitarras velozes e vocais guturais. Tinha nove anos a primeira vez que ouvi Sepultura e, óbvio, não entendi nada. Mas me marcou de alguma forma muito forte. Anos mais tarde, voltei a escutar e nunca mais parei. Minha memória não registra banda brasileira que tenha sido tão inventiva e competente quanto o Sepultura em sua fase áurea (do Beneath The Remains (1989) ao Roots (1996)). Enfim, minha memória não registra banda brasileira que eu goste mais do que o ex-grupo dos irmãos Cavalera - já vi seis shows. Acho que o único grupo que chega remotamente perto do Sepultura são os Mutantes.
O Arise é meu disco de cabeceira deles, porque as faixas mostram a banda saindo da pura tosqueira adolescente e sabendo a direção que ia seguir nos discos seguintes: alguma batucada e menos desespero/velocidade no instrumental. Esse trabalho foi tipo a primeira experiência do que viria a ser o incrível Roots. Não bastasse, Megadeth, Slayer e Anthrax, a nata do trash metal, começaram a pagar pau pros mineiros a partir desse trabalho, que foi também um dos responsáveis pelo estouro da banda no cenário internacional - e por fazer veículos gringos de música prestarem atenção no metal brasileiro.
Arise é um disco fundamental na sonoridade e no que representou pra época: o começo da verdadeira internacionalização de grupos brasileiros de rock. Como eu disse, só chega perto de Mutantes. Pra bater cabelo com classe.
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Estilo: trash metal / speed metal
Durante muitos anos eu fui metaleiro, de usar só roupa preta e ouvir bandas de guitarras velozes e vocais guturais. Tinha nove anos a primeira vez que ouvi Sepultura e, óbvio, não entendi nada. Mas me marcou de alguma forma muito forte. Anos mais tarde, voltei a escutar e nunca mais parei. Minha memória não registra banda brasileira que tenha sido tão inventiva e competente quanto o Sepultura em sua fase áurea (do Beneath The Remains (1989) ao Roots (1996)). Enfim, minha memória não registra banda brasileira que eu goste mais do que o ex-grupo dos irmãos Cavalera - já vi seis shows. Acho que o único grupo que chega remotamente perto do Sepultura são os Mutantes.
O Arise é meu disco de cabeceira deles, porque as faixas mostram a banda saindo da pura tosqueira adolescente e sabendo a direção que ia seguir nos discos seguintes: alguma batucada e menos desespero/velocidade no instrumental. Esse trabalho foi tipo a primeira experiência do que viria a ser o incrível Roots. Não bastasse, Megadeth, Slayer e Anthrax, a nata do trash metal, começaram a pagar pau pros mineiros a partir desse trabalho, que foi também um dos responsáveis pelo estouro da banda no cenário internacional - e por fazer veículos gringos de música prestarem atenção no metal brasileiro.
Arise é um disco fundamental na sonoridade e no que representou pra época: o começo da verdadeira internacionalização de grupos brasileiros de rock. Como eu disse, só chega perto de Mutantes. Pra bater cabelo com classe.
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Estilo: trash metal / speed metal
segunda-feira, 28 de abril de 2008
SPARKLEHORSE, It's a Wonderful Life
SPARKLEHORSE, IT'S A WONDERFUL LIFE (2001)
Sei que meus textos são hiperbólicos (adoro) e superlativos (gosto mais ainda), mas, cá pra nós, não vou postar nenhum disco meia-boca, né? It´s a Wonderful Life é o terceiro álbum do Sparklehorse, que é basicamente o projeto de um só cara, o Mark Linkous. Esse trabalho ele fez depois de se recuperar de uma overdose absurda que sofreu num quarto de hotel - em parte refletida no disco anterior, Good Morning Spider (1999) -, daí a celebração à vida no título.
Se eu contar que Linkous grava sua música low-fi chic, fina mesmo, de forma analógica, na casa dele, com instrumentos antigos, já basta pra você querer ouvir. E se eu disser que PJ Harvey, Tom Waits e Nina Persson emprestam suas vozes incríveis para algumas faixas desse disco de tom surreal e delicado, bem, você sacou que é obrigatório. E as letras? Não dizem nada que tenha lógica aparente, são como relatos de sonho que só fazem sentido pra quem os sonhou - mas formam belas imagens pra gente viajar enquanto escuta.
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Estilo: noise pop / low-fi chic
Sei que meus textos são hiperbólicos (adoro) e superlativos (gosto mais ainda), mas, cá pra nós, não vou postar nenhum disco meia-boca, né? It´s a Wonderful Life é o terceiro álbum do Sparklehorse, que é basicamente o projeto de um só cara, o Mark Linkous. Esse trabalho ele fez depois de se recuperar de uma overdose absurda que sofreu num quarto de hotel - em parte refletida no disco anterior, Good Morning Spider (1999) -, daí a celebração à vida no título.
Se eu contar que Linkous grava sua música low-fi chic, fina mesmo, de forma analógica, na casa dele, com instrumentos antigos, já basta pra você querer ouvir. E se eu disser que PJ Harvey, Tom Waits e Nina Persson emprestam suas vozes incríveis para algumas faixas desse disco de tom surreal e delicado, bem, você sacou que é obrigatório. E as letras? Não dizem nada que tenha lógica aparente, são como relatos de sonho que só fazem sentido pra quem os sonhou - mas formam belas imagens pra gente viajar enquanto escuta.
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Estilo: noise pop / low-fi chic
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sábado, 26 de abril de 2008
MARK LANEGAN, Bubblegum
MARK LANEGAN, BUBBLEGUM (2004)
Todo mundo aqui pegou a época do grunge, certo? Então vocês lembram daquelas bandas que não estavam nos holofotes da mídia, mas que deram origem ao movimento das camisas de flanela, como Tad, Mother Love Bone, Green River. O Screaming Trees é dessa leva, Mark Lanegan era vocal do grupo, e depois se jogou pra carreira solo, com discos recheados de melancolia, voz rouca, uísque e baforadas de cigarro. Bubblegum traz 15 canções peculiares, todas de espírito lo-fi chique, sabe como? O teclado da primeira faixa te joga direto para a incrível participação de PJ Harvey (“Hit The City”), quando Lanegan coloca sua rouquidão de pulmão esfumaçado a duelar com os dotes vocais desesperados da überdeusa. E “Driving Death Valley Blues” é pura influência stoner que Lanegan trouxe de seus bicos como convidado do Queens Of The Stone Age. Verso que resume o disco: I don’t wanna live this heaven so soon.
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Estilo: rock / whisky rock
Todo mundo aqui pegou a época do grunge, certo? Então vocês lembram daquelas bandas que não estavam nos holofotes da mídia, mas que deram origem ao movimento das camisas de flanela, como Tad, Mother Love Bone, Green River. O Screaming Trees é dessa leva, Mark Lanegan era vocal do grupo, e depois se jogou pra carreira solo, com discos recheados de melancolia, voz rouca, uísque e baforadas de cigarro. Bubblegum traz 15 canções peculiares, todas de espírito lo-fi chique, sabe como? O teclado da primeira faixa te joga direto para a incrível participação de PJ Harvey (“Hit The City”), quando Lanegan coloca sua rouquidão de pulmão esfumaçado a duelar com os dotes vocais desesperados da überdeusa. E “Driving Death Valley Blues” é pura influência stoner que Lanegan trouxe de seus bicos como convidado do Queens Of The Stone Age. Verso que resume o disco: I don’t wanna live this heaven so soon.
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Estilo: rock / whisky rock
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PJ HARVEY, Rid of Me
PJ HARVEY, RID OF ME (1993)
Nem vou falar nada desse disco, porque acredito que todo mundo que acessa o blog já tem o Rid of Me. Se por algum acaso do destino você não tem, se joga. Só toma cuidado pra não se machucar, porque cada faixa é um estilhaço.
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Estilo: rock / beastie rock
Nem vou falar nada desse disco, porque acredito que todo mundo que acessa o blog já tem o Rid of Me. Se por algum acaso do destino você não tem, se joga. Só toma cuidado pra não se machucar, porque cada faixa é um estilhaço.
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Estilo: rock / beastie rock
sexta-feira, 25 de abril de 2008
PJ HARVEY, Dry
PJ HARVEY, DRY (1992)
Nem vou falar nada desse disco, porque acredito que todo mundo que acessa o blog já tem o Dry. Se por algum acaso do destino você não tem, se joga. Só toma cuidado pra não se machucar, porque é um trabalho muito forte.
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Estilo: rock / indie rock
Nem vou falar nada desse disco, porque acredito que todo mundo que acessa o blog já tem o Dry. Se por algum acaso do destino você não tem, se joga. Só toma cuidado pra não se machucar, porque é um trabalho muito forte.
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Estilo: rock / indie rock
terça-feira, 22 de abril de 2008
ARAB STRAP, Philophobia
ARAB STRAP, "PHILOPHOBIA" (1998)
Há alguns meses me pergunto qual a melhor faixa que eu jamais ouvi. Adoro hipérboles, e pode parecer até meio bobo eleger uma música como a melhor da vida. Mas a resposta que me dou é, sem dúvida, "New Birds", quarta canção do segundo disco do Arab Strap. Já tentei eleger outras faixas, fingir que não é essa, porque o Arab Strap não entraria na minha lista de bandas memoráveis. Mas "New Birds" é, sim, a música que eu escolheria em detrimento de todas as outras, se eu tivesse que ouvi-la pro resto da minha vida e jamais tocar em qualquer outro disco.
Não faz sentido escutá-la sem acompanhar a letra. Boa viagem.
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Estilo: sadcore / slowcore
Há alguns meses me pergunto qual a melhor faixa que eu jamais ouvi. Adoro hipérboles, e pode parecer até meio bobo eleger uma música como a melhor da vida. Mas a resposta que me dou é, sem dúvida, "New Birds", quarta canção do segundo disco do Arab Strap. Já tentei eleger outras faixas, fingir que não é essa, porque o Arab Strap não entraria na minha lista de bandas memoráveis. Mas "New Birds" é, sim, a música que eu escolheria em detrimento de todas as outras, se eu tivesse que ouvi-la pro resto da minha vida e jamais tocar em qualquer outro disco.
Não faz sentido escutá-la sem acompanhar a letra. Boa viagem.
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Estilo: sadcore / slowcore
segunda-feira, 21 de abril de 2008
ARAB STRAP, The Red Thread
ARAB STRAP, THE RED THREAD (2001)
Arab Strap é emoção, sentimento travestido de música. Como pode esta dupla – Malcon Middleton e Aidan Moffat - inglesa fazer uma arte tão pungente?
The Red Thread, seu quarto trabalho de estúdio, é singelo e, sobretudo, triste, levemente poético até. Como se ouve na faixa de abertura, "Amor Veneris", onde um dedilhado de violão e um piano emolduram os versos You cried in the kitchen, we made up in the hall / I watched you get dressed, those boots make you too tall.
"Scenery" é programação eletrônica simples sob a voz de Moffat (Middleton toca guitarra), calma, por vezes rouca, que se torna sussurrante em "The Long Sea". O instrumental é pouco trabalhado, mas marcante, com momentos etéreos. A sétima punhalada no coração, "Love Detective", é um pequeno conto de amor traçando a curiosa relação de um casal. Ao invés de ser cantada, é falada, digo, sentida, como se um segredo fosse confessado ao ouvinte. E essa faixa também entrega os temas principais do disco: relacionamento, amor e sexo, sempre abordados de forma delicada.
Come here so I can help you tie your brand new tie / Brush your coat and remember, no-one laughs if you cry" são versos sutis de "The Devil-Tips" que comprovam o aviso presente na capa do cd: this is no record for the weak willed or the faint of heart.
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Estilo: sadcore / slowcore
Arab Strap é emoção, sentimento travestido de música. Como pode esta dupla – Malcon Middleton e Aidan Moffat - inglesa fazer uma arte tão pungente?
The Red Thread, seu quarto trabalho de estúdio, é singelo e, sobretudo, triste, levemente poético até. Como se ouve na faixa de abertura, "Amor Veneris", onde um dedilhado de violão e um piano emolduram os versos You cried in the kitchen, we made up in the hall / I watched you get dressed, those boots make you too tall.
"Scenery" é programação eletrônica simples sob a voz de Moffat (Middleton toca guitarra), calma, por vezes rouca, que se torna sussurrante em "The Long Sea". O instrumental é pouco trabalhado, mas marcante, com momentos etéreos. A sétima punhalada no coração, "Love Detective", é um pequeno conto de amor traçando a curiosa relação de um casal. Ao invés de ser cantada, é falada, digo, sentida, como se um segredo fosse confessado ao ouvinte. E essa faixa também entrega os temas principais do disco: relacionamento, amor e sexo, sempre abordados de forma delicada.
Come here so I can help you tie your brand new tie / Brush your coat and remember, no-one laughs if you cry" são versos sutis de "The Devil-Tips" que comprovam o aviso presente na capa do cd: this is no record for the weak willed or the faint of heart.
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Estilo: sadcore / slowcore
sábado, 19 de abril de 2008
VETIVER, To Find Me Gone
VETIVER, TO FIND ME GONE (2006)
Esse é o segundo e, até agora, mais recente disco do Vetiver. Aqui a persona trovadora do moço levanta do banquinho, larga o violão, bate as botas pra sacudir a poeira e pega o microfone pra cantar em pé. As primeiras cinco faixas são inacreditáveis, mas depois fica apenas mais do mesmo. Postei esse disco para vocês fazerem a comparação com o primeiro.
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Estilo: folk / new folk
Esse é o segundo e, até agora, mais recente disco do Vetiver. Aqui a persona trovadora do moço levanta do banquinho, larga o violão, bate as botas pra sacudir a poeira e pega o microfone pra cantar em pé. As primeiras cinco faixas são inacreditáveis, mas depois fica apenas mais do mesmo. Postei esse disco para vocês fazerem a comparação com o primeiro.
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Estilo: folk / new folk
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