segunda-feira, 10 de março de 2008

MEW, Frengers

MEW, FRENGERS (2003)



Passeando por Curitiba no Pop Festival de 2004 e conversando sobre música, Luciano Vianna - editor do site pop London Burning – comentou comigo que a melhor banda que ele tinha ouvido naquela época vinha da Dinamarca e se chamava Mew. Poucos dias depois meus fones já tocavam repetidamente Frengers, terceiro disco da carreira (primeiro por uma grande gravadora) do grupo cujo nome é a onomatopéia para um miado de gato.

Frengers é a junção de duas palavras: friends + strangers. As dez faixas, oscilando entre o lirismo gélido de um Sigur Rós e o wall of sound (sim, adoro toda e qualquer banda com paredes de guitarras) de um My Bloody Valentine, apostam nesta dualidade de qualquer relação: o encantamento do encontro, o estranhamento desse mesmo encontro, dado que o outro nunca se mostra por inteiro. Os destaques vão para a faixa de abertura, “Am I Wry? No”, e para o épico de dez minutos que fecha o álbum, a irretocável “Comforting Sounds”. Prestem atenção também nos vocais ingênuos, tipo uma criança que canta nos seus sonhos, de “Symmetry” e “She Came Home For Christmas”.

Em entrevista à revista Rock Sound de janeiro de 2004, o guitarrista Bo Madsen mandou, sem falsa modéstia: “Se você ouvir o nosso álbum, vai ouvi-lo por uma centena de vezes, não apenas dez. É, definitivamente, um disco que vai viver com você por um tempo e vai se tornar parte da sua vida. Isso é o que importa.”

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Estilo: dream pop / dannish

Um comentário:

Marcio Teixeira de Mello disse...

Coisa linda.
E ainda fizeram, depois, o "And The Glass Handed Kites".