domingo, 30 de março de 2008

TIM HECKER, Harmony in Ultraviolet.

TIM HECKER, HARMONY IN ULTRAVIOLET. (2006)



O produtor canadense Tim Hecker é da mesma família do Fennesz (que eu postei esses dias): uma guitarra de base com texturas e camadas eletrônicas sobrepostas. E qual a diferença entre ambos? Harmony in Ultraviolet. é um disco sem vocais e sem qualquer rastro de melodia. Ambient no último: laptop music para ouvir no deserto ou numa geleira.

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Estilo: experimental / ambient

sexta-feira, 28 de março de 2008

PELLUMAIR, Summer Storm

PELLUMAIR, SUMMER STORM (2005)

Se Simon and Garfunkel tocassem com o Kevin Shields, eles seriam o Pellumair.



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Estilo: dream pop / songwriter

quinta-feira, 27 de março de 2008

BENOÎT PIOULARD

BENOÎT PIOULARD, PRÉCIS (2006)



Se eu fosse me mudar para uma praia, levaria este disco. Não estou falando de surf music: Benoît Pioulard, codinome musical do multi-instrumentista e escritor Thomas Meluch, faz música com gosto de chuva, cheiro de grama molhada e vista de céu nublado na praia.

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BENOÎT PIOULARD, ENGE (EP-2006)



Este EP é como o site do moço: levemente experimental, minimalista e sensível. Dá vontade de abraçar alguém.

Prestem atenção na página oficial dele, tem polaróides batidas pelo próprio e a lista de seus discos preferidos.

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Estilo: melancholic songwriter / experimental pop

terça-feira, 25 de março de 2008

SONIC YOUTH, Evol

SONIC YOUTH, EVOL (1986)



Este é meu disco preferido do Sonic Youth. De técnica instrumental e apuro melódico inferior aos grandes clássicos da banda [a trinca Daydream Nation (1988), Goo (1990) e Dirty (1992)], Evol me conquistou pela honestidade: mostra o Sonic Youth saindo do puro barulho (oi!, Velvet Underground) e entrando, ainda tímido, nas viagens experimentais. "Tom Violence" é etérea sem ser chata, e "Green Light" eu cantava pelas ruas repetidamente, em 2004. Um clássico.

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Estilo: experimental rock / noise

quinta-feira, 20 de março de 2008

WALVERDES, Playback

WALVERDES, PLAYBACK (2005)



Os Walverdes são três caras de Porto Alegre que tocam juntos há 15 anos. Eles fazem rock pauleira com letras concisas e diretas.

Me pedem cigarros
Me pedem centavos
Punks brigam na esquina
Isso foi a minha sexta-feira


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Estilo: stoner rock / rock pauleira

terça-feira, 18 de março de 2008

HOOD, Outside Closer

HOOD, OUTSIDE CLOSER (2005)



Demorei um pouco até baixar qualquer disco do Hood porque tinha medo de me decepcionar com a banda original do Bracken, o cantor/compositor que fez o melhor disco de 2007 pra mim (We Know About The Need). Qual foi minha surpresa. Este grupo de chamber pop/indie rock de Leeds é, por assim dizer, indeciso quanto ao estilo de som que faz – e isso é um elogio enorme, nesse caso.

Os vários caminhos que Outside Closer atravessa - guitarras indies, dedilhados de violão, sintetizadores, violinos, vocais com ecos – tem seu ponto de encontro na fundamental “Any Hopeful Thoughts Arrive”. As demais músicas do disco prestam tributo a esta, direta ou indiretamente, mesclando elementos eletrônicos com arranjos orgânicos de forma poética, às vezes romântica (é pop de câmara, refinado). Sabe tradição + modernidade? Aqui funciona.

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Estilo: chamber pop / experimental indie rock

segunda-feira, 17 de março de 2008

MELLOTRONS, Mellotrons

MELLOTRONS, MELLOTRONS (2006)



Já imaginou que delícia seria se tivéssemos festas que tocassem guitar bands de apelo pop? Certamente o quarteto recifense Mellotrons seria hit. Eles experimentam três variações do uso da guitarra nesse disco de estréia: a noisy ("Hear/Listen"), a doce ("Slow Motion") e a que fazem com mais desprendimento, a dançante ("Tongue"). Mellotrons é um trabalho que dialoga com este momento de ótimas bandas de shoegaze que vêm se destacando de cinco anos pra cá: Amusement Parks On Fire, Radio Dept, Asobi Seksu, Fleeting Joys, Airiel, Pellumair, A Sunny Day In Glasgow e até mesmo os sorocabanos do Wry. Cada uma das dez faixas te leva para um cenário onde a luz vermelha do fim do dia parece ser eterna. Imagino ouvir esse noise todo embalado pelo estrobo de uma pista escura...

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Estilo: noise pop / shoegaze

domingo, 16 de março de 2008

FENNESZ, Venice

FENNESZ, Venice (2004)



Imagine texturas e ambientações. Rios de areia ("Rivers of sand"), como diz o título da faixa que abre o sexto disco do produtor e guitarrista Christian Fennesz. Baseado em Viena, este austríaco é um dos mais elogiados compositores de música experimental - ou laptop music, como prefeir - da atualidade. Ele sobrepõe climas eletrônicos com ruídos de guitarra e eventuais vocais esparsos.

Venice, seu sexto disco, tão aclamado quanto o quarto (Endless Summer, 2001) dá uma sensação de conforto e de estranhamento, simultaneamente, como se você estivesse viajando nas águas de Veneza em um dia nublado, e de repente o sol brilhasse no céu por dois minutos com toda a intensidade possível. Fennesz canta pouco, mas quando canta, a voz acalma - é o barquinho que chegou no porto, para então partir novamente.

Um dos preferidos da casa.

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Estilo: experimental / ambient

sexta-feira, 14 de março de 2008

BLUE AFTERNOON, Folxploitation

BLUE AFTERNOON, FOLXPLOITATION (2003)



Existem raros casos em que a beleza, tão evidente e tão implicitamente complexa ao mesmo tempo, machuca. Quando, através da fascinação, você mergulha numa obra de arte, tateando por todas as suas nuances, e só percebe bem mais tarde, entre o sorriso e a perdição, que está preso. A beleza que liberta do mundo e que oferece conforto e ilusão, mas que aprisiona por suas infinitas - e sutilíssimas – possibilidades. Folxploitation, primeiro trabalho da quase one-man-band Blue Afternoon, do paulistano Guilherme Barrella, oferece esse percurso tentador e amedrontador.

A capa é uma reprodução da gravura “Bandeira Preta”, do artista carioca Oswaldo Goeldi, e o interior da caixinha do cd oferece variações sobre o mesmo tema, mantendo o preto e o branco do original. Goeldi imprimia tons escuros e meios-tons em suas xilogravuras, raramente utilizando a cor – em algumas, quando a coloração aparece, explode, satura, na tentativa de alcançar a densidade mórbida do escuro predominante.

Essa peculiaridade transfere-se para as 12 composições do disco. São violões, violoncelos, gaitas, silêncios e a voz grave e trêmula de Guilherme Barrella, alternando entre a manifesta melancolia e a esperança que quase já se foi. Por exemplo, o violão aparentemente ensolarado da faixa de abertura, “Ready For The Worse” está, na realidade, criando uma cama macia para a aridez da letra. Os vocais estão no meio do caminho entre o cantado e o falado. Nas primeiras audições me lembrava Aidan Moffat, do Arab Strap, inclusive pela temática de relacionamentos oblíquos abordada.

Cada canção reflete uma criança que ficou jovem prematuramente, ou, mais possivelmente, um jovem tornado adulto muito cedo, sem tempo de deixar os arranhões psicológicos da adolescência cicatrizarem. Nós temos somente 20 anos; nós não nos sustentamos em pé sem a presença do outro; precisamos dissimular nossos medos através de remédios. Precisamos de heróis. Nossos heróis estão mortos.

Apresentar um primeiro trabalho calcado em violão-e-voz sem encaixar-se em um gênero facilmente definível é para poucos: tem folk e tem country, tem pop mais acre do que doce, e melancolia, tem violoncelos e gaitas. E tudo é lindo, e traz novíssimas possibilidades a cada audição, te puxa a cada segundo. Guilherme Barrella quer cochichar no teu ouvido e te chama mais pra perto, o acabamento das músicas faz com que você esqueça do ambiente ao seu redor – seja indo pro trabalho, seja no sofá de casa - e se perca na beleza gentil e hermética de cada acorde. Como olhos verdes, sempre hipnotizantes.

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Estilo: folk / sad songwriter

VINCENT GALLO, When

VINCENT GALLO, WHEN (2001)



E então era 2002 e eu chegava em casa um tanto bêbado de whisky barato de noites estranhas em festas que não me diziam nada. Colocava pra tocar Vincent Gallo e escrevia quase compulsivamente sobre solidão, sobre música, sobre amores sexo e outros. Lia Clarice Lispector e cantava I'm always sad when I'm lonely / It could be so nice / So nice / So nice. Vincent Gallo me salvou muitas vezes. Também fiquei fã dos filmes dele, o Buffalo 66 (1998) com sua edicão inesperada e fotografia quase lomográfica, e depois as compulsões todas do Brown Bunny (2003), uma das fitas mais lindas que já vi, em que as putas de beira de estrada têm nomes de flores.

Vincent Gallo me mostrou o que é música minimalista, me fez ir atrás de jazz e viajar até o Rio num Tim Festival só pra vê-lo. Não tinha mais que cem pessoas naquele show e a chatice do som dos Strokes vazava pro palco onde O HOMEM tocava. Gallo estava ali, na minha frente, com a mesma intimidade com que dividíamos o whisky, as cigarrilhas e a solidão. Os anos contaram os dias no calendário e a solidão se transformou, mas When continua inigualável e intocável. Só ele consegue entregar ao ouvinte um coração por faixa. Laura / Come back.

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Estilo: minimalist / experimental jazz

quinta-feira, 13 de março de 2008

NEUTRAL MILK HOTEL, In The Aeroplane Over The Sea

NEUTRAL MILK HOTEL, IN THE AEROPLANE OVER THE SEA (1998)



A história todo mundo sabe. Era uma vez um grupo de amigos com bandas lo-fi de estéticas relativamente parecidas, em que um tocava na banda do outro - e todos estavam sob a mesma casa, a gravadora Elephant Six. The Apples In Stereo, Of Montreal, Olivia Tremor Control, Essex Green eram alguns dos nomes. O mais louco - ou mais pé no chão?, vai saber - dessa galera, Jeff Mangum criou o Neutral Milk Hotel e fez um disco aclamado por crítica & público & influenciou muita gente...

In The Aeroplane Over The Sea é daqueles álbuns que só fazem sentido se ouvidos de ponta a ponta. Mangum canta as letras como se falasse com um amigo, acompanhado de um instrumental fuzz-folk às vezes caótico e saturado, às vezes ameno. Sua voz anasalada enumera contos de amor, morte e surrealismo. And one day we will die / and our ashes will fly from the aeroplane over the sea / but for now we are young / let us lay in the sun / and count every beautiful thing we can see.

Em 2008 faz dez anos que In The Aeroplane Over The Sea parou o mundo. Ouvir este trabalho em perspectiva mostra que toda a cena de freak-folk dos anos 2000 (Coco Rosie e seus amigos Devendra Banhart e Vetiver, Animal Collective, Akron/Family, Panda Bear) coloca Mangum no mesmo altar de Bob Dylan e Vashti Bunyan, caracterizando-o como o trovador moderno por excelência.

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Estilo: freak-folk / lo-fi

terça-feira, 11 de março de 2008

ARTIFICIAL, Free U.S.A.

ARTIFICIAL, FREE U.S.A. (2005)



Imaginem um Game Boy acoplado a um cartucho que torna o videogame portátil um sintetizador rudimentar, pronto para receber programações e criar música. Agora, imaginem o top produtor de música brasileira Alexandre Kassin comandando o Game Boy. O resultado dessa curiosa síntese se chama Artificial, projeto de música eletrônica experimental de Kassin em parceria com seu escudeiro Berna Ceppas - o grupo se apresentou no último Nokia Trends, em novembro de 2007, anos depois de ter tocado no Sónar espanhol.

O Artificial surgiu de modo prosaico. Em viagem ao Japão para acompanhar o nascimento de sua filha, o único instrumento que o produtor carioca tinha nas mãos era o seu fiel Game Boy. Inicialmente uma idéia dedicada ao puro barulho, Kassin mudou o eixo do terrorismo sonoro ao optar por um caminho pop, dançante e debochado, que resultou em Free U.S.A. (2005), o disco de estréia.

Cantado em inglês tosco, tem versos precários tipo "I feel like making love" e até mesmo uma conversa telefônica com Prince (falsa, claro), na faixa "Orange". O Artificial tem base na estética da música 8-bit, a mesma que o Crystal Castles tem se aproveitado para bombar seu myspace, atualmente: composições que se utilizam da estética dos primórdios dos games eletrônicos, como Pong. O bacana é que Kassin e Ceppas tornam esse espírito proto-digital mais rico ao se apropriarem de elementos do electro, do synth pop e da idm, além de muita, muita ironia. Soa artificial, "do Paraguai", e isso é um elogio.

Kassin
Aos 32 anos, Alexandre Kassin é um multi-homem da música brasileira. Já colaborou em projetos de Los Hermanos, Lenine, Caetano Veloso, Marisa Monte, Fernanda Abreu, Bebel Gilberto, Adriana Calcanhoto, Orquestra Imperial e Jards Macalé. Também faz remixes e é músico: junto com Moreno Veloso e Domenico Lancelotti, mantém o projeto + 2, com quem já lançou os álbuns "Máquina de Escrever Música, "Sincerely Hot" e "Futurismo". Ao lado do também produtor Berna Ceppas comanda o estúdio Monoaural, que produz discos e trilhas para cinema, televisão e publicidade.

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Estilo: 8-bit / idm

segunda-feira, 10 de março de 2008

MY BLOODY VALENTINE, Loveless

MY BLOODY VALENTINE, LOVELESS (1991)



Minha vida se divide em antes e depois de Loveless.

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Estilo: shoegaze / noise pop

MEW, Frengers

MEW, FRENGERS (2003)



Passeando por Curitiba no Pop Festival de 2004 e conversando sobre música, Luciano Vianna - editor do site pop London Burning – comentou comigo que a melhor banda que ele tinha ouvido naquela época vinha da Dinamarca e se chamava Mew. Poucos dias depois meus fones já tocavam repetidamente Frengers, terceiro disco da carreira (primeiro por uma grande gravadora) do grupo cujo nome é a onomatopéia para um miado de gato.

Frengers é a junção de duas palavras: friends + strangers. As dez faixas, oscilando entre o lirismo gélido de um Sigur Rós e o wall of sound (sim, adoro toda e qualquer banda com paredes de guitarras) de um My Bloody Valentine, apostam nesta dualidade de qualquer relação: o encantamento do encontro, o estranhamento desse mesmo encontro, dado que o outro nunca se mostra por inteiro. Os destaques vão para a faixa de abertura, “Am I Wry? No”, e para o épico de dez minutos que fecha o álbum, a irretocável “Comforting Sounds”. Prestem atenção também nos vocais ingênuos, tipo uma criança que canta nos seus sonhos, de “Symmetry” e “She Came Home For Christmas”.

Em entrevista à revista Rock Sound de janeiro de 2004, o guitarrista Bo Madsen mandou, sem falsa modéstia: “Se você ouvir o nosso álbum, vai ouvi-lo por uma centena de vezes, não apenas dez. É, definitivamente, um disco que vai viver com você por um tempo e vai se tornar parte da sua vida. Isso é o que importa.”

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Estilo: dream pop / dannish

domingo, 9 de março de 2008

ROMULO FRÓES, Calado

ROMULO FRÓES, "CALADO" (2004)



Foi o sambista paulistano Romulo Fróes que me apresentou o samba - na verdade só descobri muito mais tarde que samba é uma base rítmica alegre somada a letras muito tristes, como já ensinou Noel Rosa… Calado é o primeiro disco cheio de Fróes, assistente e parceiro profissional do artista plástico Nuno Ramos, com quem também compõe. São quinze canções minimalistas (voz, violão e percussão, basicamente), entre composições próprias, parcerias e releituras de Ataulfo Alves e outros sambistas de peso.

Profundmente melancólico e solitário, Calado coloca lado-a-lado a cuíca com a atmosfera triste de bandas como Low e Múm. Sempre me pergunto qual faixa é mais tocante: “Dentro do Peito” (dentro do peito / dentro dos olhos da cara / do lado esquerdo ao direito /meu corpo se atrapalha /é tua voz que eu ouço agora /é tua mão que bate à porta /veio me ver pela última vez) ou a releitura de “Com Fita Amarela”, do próprio Noel Rosa, que aqui aparece junto com “Cadência do Samba”, numa versão anti-salão-de-baile, um contraponto à original.

A dor deste disco mexeu tanto comigo que tenho até a gravação de uma apresentação de Fróes em Porto Alegre, em junho de 2004, numa pequena sala para não mais de vinte pessoas, no Santander Cultural. (Vou postar esse bootleg já, já.) Na ocasião, Fróes apresentou o disco utilizando exclusivamente voz e violão, e cantou algumas faixas acompanhado de uma amiga que tem uma voz belíssima, o que me fez voltar a Calado. Anos depois, quando terminei um casamento, meu primeiro conselheiro foi, novamente, Calado… um disco pertencente ao silêncio.

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Estilo: samba / sadcore

AMBULANCE LTD, Lp

AMBULANCE LTD, LP (2004)



O Ambulance LTD emula a cena britânica de shoegaze do fim dos 80 e início dos 90. Verdade, mas parcialmente verdade. Na sua estréia, o quinteto de Nova Iorque não traz apenas ecos de Chapterhouse, guitarras à Ride (“Heavy Lifting”) e uma atmosfera poético-distorcida à My Bloody Valentine. Se assim fosse, soaria datado demais. Estes meninos misturam o espírito indie rock ao country, ao new new york sound, à despretensão e a assobiáveis melodias pop.

LP começa de forma ousada, na instrumental “Yoga Means Union”, cai na dançante “Primitive (The Way I Treat You)”, passa para o country-rock em “Anecdote” e chega no wall of sound de “Heavy Lifting” – certamente uma das mais inspiradas seqüências de faixas iniciais de disco dos anos 00. E o vocalista Marcus Congleton canta com uma segurança surpreendente para um primeiro trabalho: lembra Elefant em alguns momentos, Walkmen em outros e até Clinic. Você entendeu, né? O grande prazer deste álbum é brincar de achar referencias às últimas duas décadas de rock.

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Estilo: alternative-country-rock / guitar